Uma vez,
Ignoto o seu rosto,
Não disse uma palavra, caminhámos
Cada um fixando o outro em silêncio, nossos passos
Ribeira indo-se, ignota.
Raízes nos reuniram, no nome destas folhas
que viajavam no vento
Separámo-nos,
Floresta escrita pela terra, narrada pelas estações.
Tu, a criança que eu fui, aproxima-te:
O que há, doravante, para nos unir, e para nos dizermos?
Adónis, poeta sírio (n. 1930), a partir de tradução francesa.
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