“E a costela que Deus
tomara ao homem, transformou-a numa mulher”
Gn 2,23
Ela tem a força das minhas costelas
E
a forma do meu corpo por dentro
Ela
não conheceu o barro
De
onde eu vim
Ela
saiu da minha concha
O
seu perfume sobe e desce ainda
No
meu sangue
Até
que a morte cale o coração
O
coração reconhece-a, é ela
O
verão no meu corpo envelhecido
Que
acordou do sono, ela é agora osso
Dos
meus ossos, carne da minha carne
Ela
é a fonte do meu riso.
23-04-2015
© João Tomaz Parreira