Amaciava os olhos no voo das gaivotas
que escovavam o ar
das impurezas
seguia na ponta dos olhos
os pormenores do mundo
das gaivotas, mais céu que água
mais silêncio do que onda
nenhuma tempestade ao largo
do cais pisado devagar, nenhuma nuvem
a remendar o azul
como num quadro de Magritte
e estremecia de repente
quando uma gaivota furava o tempo
com um grito.
11/3/2012
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