Às vezes um rosto, todas as manhãs
do fundo do espelhovem despedir-se de mim
por vezes cego, começa a abrir-se
ao acender da luz
que vem do tecto e enche o espelho
Também aparecem os meus ombros
e estremecem
sacodem os fios da noite
Algo me acusa de estar vivo
aos cinquenta anos
judeu sobrevivente
aos nomes dos meus pais.
25/1/2012
Poema inédito de J.T.Parreira
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