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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

AUSÊNCIA



Vamos chamar-lhe Penélope. Quem eleva
A voz mais alto que o canto das sereias
Nos ouvidos de Ulisses,  a que enlaça os fios
Do dia nos seus dedos e à noite
Desentrança, quem ao sol aquece o sangue
Bom condutor da vida, a olhar o ar
O real espaço do Egeu, vasto túmulo de ausências
Vamos chamar-lhe Penélope. 
A que ama a esperar.


14-01-2016
© João Tomaz Parreira 

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

HAMLET EM ÍTACA








Tecer ou não tecer, eis a questão
O que é mais nobre, esquecer Ulisses
Que os seus olhos despem Circe e as Sereias
Enquanto não regressa dos mistérios
Sofrer as provocações do ciúme e da saudade?
Morrer, dormir, não mais; ou antes com o coração
Nos dedos, nos dedos como armas fazer
E desfazer o fio da teia, dos vestidos
Que a nudez do amor percorre no tear?
Até mergulhar meus olhos nos olhos de Ulisses.

28-08-2015

© João Tomaz Parreira  
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