domingo, 16 de junho de 2013

DEUS AMANHECER, novo livro de Sammis Reachers para download gratuito


Amigos, já está disponível para leitura online ou download gratuito, a versão eletrônica de meu novo livro, DEUS AMANHECER.

As 127 páginas deste livro reúnem uma seleção de textos escritos desde minha conversão, em 2005, até aqui. São diversos textos inéditos, somados a outros publicados apenas em blogs e redes sociais, e que configuram o corpo principal deste Deus Amanhecer, acrescidos de uma antologia poética, com textos selecionados de meus quatro livros anteriores (livros que circularam apenas como e-books): Uma Abertura na Noite (2006), A Blindagem Azul (2007) CONTÉM: ARMAS PESADAS (2012) e Poemas da Guerra de Inverno (2012), além de poemas publicados na Antologia Águas Vivas I (2009). 

O livro conta com prefácio do querido poeta lusitano João Tomaz Parreira.

Para leitura online ou download pelo Scribd, CLIQUE AQUI.
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terça-feira, 11 de junho de 2013

A Delicadeza de Deus



Dos ramos do vento, caiu uma folha
bateu-me
nos cílios. De modo diferente
achei grande a delicadeza
de Deus.

2/5/2013
 
©  J.T.Parreira  

domingo, 9 de junho de 2013

O Editor de Poesia


O Editor de Poesia

Sou um antologista
lido com volumes dantescos, homéricos, catastróficos
de poesia
marranos cabalistas de um Século de Ouro,
americanos movidos a LSD e mescalina

franceses efeminados sulamericanos
com ranço de Champs-Élysées ou com
versariamentos crioulos de Marx

Sim, sou um editor e antologista, lido
com volumes dantescos homéricos catastróficos
de VIDA,
marroquina espartana
turcomena cigana mujahedin
explodindo cafés em Berlim tanques em Pequim
ou silêncios na Revolução dos Cravos

e deixando estrategicamente poemas nos bolsos dos cadáveres
como os war poets ingleses
que serão publicados numa revista qualquer alemã
e que com exclusividade deitarei ao vernáculo,
ao cotejar com as versões em castelhano de Tradutor A e Tradutor B

sou um acumulado de livros, um Índice de enciclopédia ou de camaradas,
uma biblioteca que esquece-se na semana seguinte
amigo de dores de Camões e Tasso
de culpa herdada de Bachmann e Celan,
um acumulado de suicídios impresso
em tamanho A5 papel pólen capa 4xcores laminada
sem orelhas como um Van Gogh num espelho

Lá venho eu pela estação Cinelândia, sapatos de dândi, chapeleta gauche
roupas de um outsider - só um homenzinho com uma bolsa enorme de papéis e víveres, 
bananas e pão
cristão protestante um provisório (hiper)hebreu
Tzara triste (des)amparado em livros
ruminando sobre como desferir uma cantada Moraesiana-Eluardiana
nas solipsas atendentes da Biblioteca Nacional

Quanto a esses poetas, amigos invisíveis de uma criança solitária,
como um Kohélet, um Salomão que quer manter a paz em seu harém, 
amo a grosso modo a todos eles, sem acepção
os que estão ao meu lado, co-
navegantes do mesmo zeitgeist
ou os que estão nas estantes de baixo, ou nas-
cendo nas de cima

Como o estivador de uma Ode Triunfal ou um contrabandista francês 
mercando armas numa guerra africana, trans-
porto-os, e se abraço-os assim tão forte, 
num enlaçar que é como um sorver a minha vida, 
é para continuá-los em celulose, 
em bits, 
em vocês.

Sammis Reachers

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Da Centúria perdida do (falso) profeta Nostradamus


Da Centúria perdida do (falso) profeta Nostradamus

Há uma espada desembainhada sobre a cabeça de Jonas,
mas a espada não cai, Dâmocles não morre;
Menelau segue mil vezes apunhalado, Esparta é o pó.
Há uma Esparta no meio do oceano Índico,

A base naval-militar-americana-imperial
em Diego Garcia; a filhinha de um dos generais
é o Antiterno, é o Anticristo,
hermosa hermafrodita criada com zelo.

O diabo ele tem doze anos e seios
que despontam, rubicundos e tesos.
Mulher que será homem,
ruivo antideus de pó.


Sammis Reachers
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