“Abria-se a noite como uma romã”
José Eduardo Agualusa, in Milagrário Pessoal, p. 108.
um fogo sem artifícios
estrelas pálidas e ululantes
no céus como só olhos de aves
as poderiam espalhar
estendidos na frescura dos beirais
escorre dos lábios o oiro
a que habituaste a rosa,
o que tens para nos dar
agora ó noite ardente,
rubra nas velas
que se acendem remotas
no rufar das cigarras
senão a explosão dos teus dedos
como grãos de romã?
26/01/12
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