“e não durmo,
abrasado, e janto apenas nuvens”
Carlos Drummond de
Andrade
Vive,
ainda, num lugar da Mancha, de cuja
Imortalidade
só um nome resta, o Quixote
Só
a lança e a espada são reais nas suas mãos
Metal
a balouçar no vento
E
Rocinante
No
qual cavalga toda a Espanha
Cinquenta
anos, seco de carnes, rosto
Enxuto,
olhar rijo contra moinhos
Vara
de porcos e odres de vinho
Mulheres?
Só uma
Dulcinea, que no coração do Quixote
Acalma
o tropel das vitórias.
20-03-2015
© João Tomaz Parreira
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