Reunindo 10 poemas de Antonio Costta, com edição e arte de Sammis Reachers, este breve opúsculo é uma pequena iniciativa para, através da poesia, estimular a reflexão, denunciando e combatendo o encarceramento de aves e também seu comércio ilegal.
O encarceramento de aves é um dos poucos absurdos ainda de alguma maneira ‘aceitos’ por nossa sociedade. Culturalmente acostumados, ou melhor, anestesiados, muitos deixam de perceber que isto é algo terrivelmente cruel e sistematicamente desrespeitoso para com os direitos dos animais. É já a hora de proclamarmos um grande basta!
Aprisionar asas: poderia haver um crime maior?
Os poemas e as imagens, bem como esta seleta inteira, se com fins não-comerciais, podem ser livremente republicados e divulgados, sem a necessidade de prévia autorização dos autores.
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Abaixo, dois poemas da obra:
PASSARINHO TRISTE
Pássaro triste, tardo no trinado,
Sequer sem repetir seu repertório,
Por que o teu silêncio de velório,
Nessa gaiola tua, em tom dourado?
Estarás triste ou hás de estar cansado
De tanto canto por ninguém ouvido?
Ou, por tentar o vôo, estás ferido
Das grades onde estás aprisionado?
Quem das aves calou a voz mais bela?
A saudade? Só pode ser por ela,
Que vem do ninho por detrás da serra...
Mas em teus olhos a esperança é certa:
Quando esquecerem a gaiola aberta,
Hás de voar de volta à tua terra!
O HOMEM E O PÁSSARO NA MESMA GAIOLA
Coitado do homem da grande cidade,
Trancado em casa, entre a grade e o portão;
Tal qual passarinho, sem liberdade,
Quase vivendo em igual condição!
Os dois na prisão, cantando saudade,
O homem trancado na sua mansão;
Um por causa da humana crueldade,
E o outro com medo do astuto ladrão!
Coitado do homem, não se dá por conta,
Que a liberdade ele mesmo afronta,
Ao manter o pássaro na prisão...
Na realidade ele está mais preso
Do que o passarinho que vive a esmo,
Sem nunca saber o motivo, a razão!
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