No
princípio ouviu o seu próprio silêncio.
Não
havia terra nem estrelas onde pousar a sua luz.
A
sala estava vazia, não havia Rosa dos Ventos
para
espalhar o seu olhar, as suas mãos
de
fazedor eram a voz
E
disse “Haja luz”, e tudo
começou
a ser jovem, as palavras, as aves e os rios,
a
juventude das fontes trazia as águas novas,
a
claridade dos sons,
das
ervas e das árvores,
a
ascensão das flores do chão.
Sentado
no palco na sua eterna sarça
olhava
a multiplicação do respirar dos homens.
Agora
o tempo atravessava a noite
e
o dia, que vinha do sol para aquecer os rostos.
E
viu Deus tudo e disse que era bom.
30-03-2014
© João Tomaz Parreira
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