Presa a alguns vestidos, os únicos
Que a pressa arrancou de casa, sonâmbula
Na fuga da destruição, e indecisa
Entre um lugar e outro, um olhar e outro
Para trás onde a casa começa a derruir
Um rio de lava a morrer nos olhos
E a estrada em frente
O que pesa nos seus olhos
Que a levou ao fundo, um olhar para trás
E tornar-se um marco no caminho?
Um corpo salgado aonde as aves vão
Debicar o sal e deixar rastos de plumas
No corpo da mulher de Lot nenhuma vida
Agora se repete, é uma língua morta.
30/07/2017
© João Tomaz Parreira
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