Ponho-me na orelha de Van Gogh
Como Van Gogh
Metia nas suas botas gastas
Os pés, que punha e tirava. A orelha
De Van Gogh levava consigo o crocitar
Dos corvos e o brandir de espigas
Contra os céus. Ponho-me no lugar
Do silêncio da orelha de Van Gogh
Ele fê-lo por necessidade, para ouvir
Apenas o que vem depois de nada.
Como Van Gogh
Metia nas suas botas gastas
Os pés, que punha e tirava. A orelha
De Van Gogh levava consigo o crocitar
Dos corvos e o brandir de espigas
Contra os céus. Ponho-me no lugar
Do silêncio da orelha de Van Gogh
Ele fê-lo por necessidade, para ouvir
Apenas o que vem depois de nada.
27-05-2016
© João Tomaz Parreira
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