segunda-feira, 29 de julho de 2013

O DOMICÍLIO DO POETA


O DOMICÍLIO DO POETA 

 O poeta não pára, está sempre viajando.
 Inquieto em si mesmo e sem rumo certo 
É fácil notá-lo sobre os mares velejando, 
Outras vezes, ele é visto nas areias do deserto. 

 Muitas vezes, sai da terra, pra beijar as estrelas. 
Debruça-se sobre a lua e ousa abraçar o sol 
Desliza calmo e sereno sobre as nuvens ao vê-las 
Colorir o lindo céu que doura o formoso arrebol. 

 Seu voo é ainda mais alto, ele busca a eternidade 
Encontra-se na vastidão do espaço imenso 
Flutuando em devaneios, mas quer realidade. 

 E não encontra nos liames do cosmo extenso 
Descobre que tudo aqui é mera efemeridade 
E volta satisfeito pra compor no seu silêncio. 

 Natanael Santos

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