Com os braços procurando suster
O peso do céu, Saulo sente a humilhação
Como Estevão um dia sob as pedras
Todo o silêncio se estendeu e a voz
Vem do firmamento que se abre de repente
Saulo, Saulo, por que me persegues, e um jorro
De luz como um vento a abrir uma janela
Não era uma voz de seda, nem colérica
Como as vozes que emergem dos homens
Era a pergunta
De quem ainda tinha feridas de ferro nas mãos
E sinais de uma coroa ardente de espinhos.
29/09/2018
© João Tomaz Parreira
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