Não nos ajoelhamos nas margens
do Mar, mas nossos joelhos tremiam
com o chão pela cavalgada dos egípcios
O que seria de nós diante
das vagas fechadas do Mar Vermelho
se a vara de Moisés não esculpisse
nas águas moles dois muros de vidro.
Até hoje
nunca nos
ajoelhamos
nem no Muro das Lamentações
nem à entrada das câmaras da morte
onde uma água falsa nos removeria
a vida.
© João Tomaz Parreira
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