Já estava sentado à mesa, com os olhos
Do meu pai a verterem alegria, o vinho
Dos odres novos a brilhar no banquete
O bezerro a sair do remoinho das chamas
Depois de anos a andar sem sandálias
E com vestes festivas e um vestígio
Real no dedo, apontava a saudade
Do meu coração para a porta, esperava
Que entrasse com o sol crepuscular
O meu irmão, nos meus olhos
Eu dizia palavras de amor, enquanto
O silêncio da porta deixava passar
A lua plena.
13-04-2016
© João Tomaz Parreira
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