sexta-feira, 8 de julho de 2016

DISCURSO SOBRE A ÁGUA VIVA

(Alonso Cano)


Quero nomear-te e a única coisa que sei
Do teu nome é o meio-dia e o peso
Do sol sobre a ânfora
Do teu corpo, sobre a tua cabeça
Como um lençol de luz, quando procuras
Apenas  a sombra
A única coisa que sei, quando te nomeio
Formosa mulher de Samaria
É a força nas tuas mãos quando levantas a água
É a antiga submissão de fêmea
Que canta o cântico plangente da sua vida.


05-07-2016
© João Tomaz Parreira 



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