domingo, 26 de maio de 2013

Três telas e seis poemas de Helena Branco



...porque o tempo abriu em nós o lugar d encontro
   verbo luminoso na ramificação das côres
   onde crescer a lucidez...entre feliz no olhar o outro
   de mim...


***

a sumir nas águas
s escreve um vocábulo
nú agreste 
sobrem o longe
algas e búzios 
d azul anoitecido
a perderem se na vocálise 
já sem sintaxe as pedras
tomando o sal
a espera feliz
da maré


***

Viúvas

***

bem poderia ser
um dia mais 
um compasso metódico
do verso no pulsar anónimo
dos dedos canto chão
mas é mais
alto elevado d urgencia d ave
que apura o voo sem atropelo
do tempo
hoje sou o próprio rumo
que desregra vontade
sem perda que me cegue
nem ausência que m impeça
sou a crença de ser
a penas da razão
sozinha

***

fios perdidos de tinta
    lustrilhos d alma incontida
    a porfiar
    ventos e brumas
    assomam
    o pensamento
    vocábulo anoitecido
    um solista
    dimanando
    perspícua
    voz
    no silencio
    
    que  POETA
    devaneia

***


ascende
um choro nas pedras
silencio tumular
do corpo escarnecido
não reste mais sangue 
nem palavra diga alto 
que valha aos cegos
arrependimento
só esplendor
assombro 
na palpebra da lágrima
que perdure 
consequencia
...quase hora
a entregar
vou 
para a morte 
por vos crer
VIDA

***

...um tempo
de ROSA
perene
assomo
olhar d ave
em ramo brando
sem acúleo
passo a passo
harpeando
caminho
donde
revelado
futuro
ser
de ti
a flor
breve

© telas e textos by Helena Branco. Publicado com autorização da autora

Visite o blog da autora: http://lostrails.blogspot.com.br/



2 comentários:

  1. a Helena Branco

    obriga-se a todos quantos aqui se abeirem
    para partilhar se das águas donde escorrem as palavras nas cores que deixem refletidas...

    um ABRAÇO maior ao SAMMIS REACHERS por me ter concedido o previlégio de me dar a conhecer a obra

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