Há sempre palavras
rápidas pássaros rubros
no dorso da lã que nos dizem
nos intervalos da passagem de ano
no transbordo para águas
à beira do descanso
que o Senhor nosso pastor
baixa atrás de nós a vara
e diante de nós o seu cajado
palavras que rasgam
aquém do limiar prados verdejantes
que os nossos passos banham para além
palavras de duas caras, uma que se fecha
outra que se abre sempre fresca
e opulenta de vinho azeite e mel
Rui Miguel Duarte
1/01/13
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