Pai Nosso... Mãe Nossa...
Pai... Mãe... de olhos mansos,
sei que estás invisível em todas as coisas.
Que o teu nome me seja doce, a alegria do meu mundo.
Traze-nos as coisas boas em que tens prazer:
o jardim as fontes,
as crianças,
o pão e o vinho,
os gestos temos, as mãos desarmadas,
os corpos abraçados...
Sei que desejas dar-me o meu desejo mais fundo,
desejo cujo nome esqueci... mas tu não esqueces nunca.
Realiza pois o teu desejo para que eu possa rir.
Que o teu desejo se realize em nosso mundo,
da mesma forma como ele pulsa em ti.
Concede-nos contentamento nas alegrias de hoje:
o pão, a água, o sono...
Que sejamos livres da ansiedade.
Que nossos olhos sejam tão mansos para com os outros
como os teus o são para conosco.
Porque,
se formos ferozes,
não poderemos acolhera tua bondade.
E ajuda-nos
para que não sejamos enganados pelos desejos maus.
E livra-nos
daquele que carrega a morte dentro dos próprios olhos.
Amém.
Do livro Transparências da Eternidade (Ed. Verus, 2002)
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