Se uma adorada voz, que fora em vossa vida
Suavidade e som, de repente se esvai,
E se logo um silêncio impenetrável cai,
Qual súbito mal-estar ou dor desconhecida –
Que esperança há? Que auxílio? E que música, ouvida,
O silêncio destrói? Nem da amizade o ai –
Nem da razão subtil a conta; não se vai
Ao som de violino ou de flauta gemida;
Nem canções de poeta e nem, de rouxinóis,
A voz, que vai subindo através dos ciprestes
Até a clara lua; e medo lhe não causa
Das esferas, o canto – ou dos anjos, nos sóis,
A voz que sobe a Deus; ó não, nenhuma destas!
Fala só Tu, ó Cristo, e preenche esta pausa.
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