Mãos sujas pelas lamas da vida sujas como raízes da terra mãos sujas, mas não obscuras mãos do momento inicial da argila, que copiam o trabalho do dia sexto da criação divina
Sujas mas de amassar as águas com o barro mãos que não se apertam com os cotovelos junto ao corpo mãos sem medo da água fria, não têm tempo a perder porque a noite elide cores e desafios de toda a bondade sobre a terra
Mãos que não se escondem porque não é a vergonha a sujidade há outras mãos sujas, essas são apesar do cristal opaco que as protege
O que estas mãos sujas manifestam fechadas em concha sobre um rosto, a claridade!
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