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sábado, 20 de abril de 2013

Passam a mão pelo rosto





“Aqui cada um é o seu próprio
carcereiro, irreconhecível
e anónimo.”
Paal Brekke (Poeta noruguês,trad. Amadeu Baptista)

 
 
Passam a mão pelo rosto e não encontram nada
o nariz adunco
faz uma curva para o abismo, os olhos
sem possibilidade de evasão, os lábios
apenas com a sintaxe da dor
São estranhos
marcados com seis pontas estelares
como uma roda dentada
que tritura o corpo
Passam com as mãos nos ouvidos
e sentem a falta das canções maternas.

18/4/2013
©  J.T.Parreira



(Foto de Dachau Concentration Camp)

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