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terça-feira, 12 de março de 2013

O QUE RESTA

                                  

Um capote número 42 pequeno para a morte
que a guerra poupou, agora
semi fechado agasalha o silêncio

um capote que um corpo já não pesa
a manga como a corda que se lança
do convés para um braço triste
as mãos intocáveis do soldado só sonhadas
misturam-se com raízes em qualquer lugar
há um buraco ainda quente, vazio
num boné em que o filho há-de crescer.

11/3/2013



© J.T.Parreira


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