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quarta-feira, 20 de junho de 2012

TELEFONE PARA O SILÊNCIO









Para Sylvia Plath


Telefona-me para o silêncio
do meu coração, o som
baterá no que resta ainda dos cristais
nos recantos vazios da noite


Esta noite
preciso da luz apagada
da minha estrela


Chamo-te quando vem o silêncio
desse lado do fio, do frio
deste telefone público sem respostas
na profundidade dos teus ouvidos
caem as minhas chamadas
há um grito
no limite das sombras
a perder-se no abismo. 

19/6/2012

© J.T.Parreira

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