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As Barcas de Caronte
“navegam em mim barcos assustados”
Julio Saraiva
Algum dia
queimaremos as naves de Caronte
Por agora prossegue a
obstinada morte
no alfabeto a letra com que vai
começar o nosso
nome
Mas ainda o sangue se renova
nos ramos que partem do nosso
coração
Algum dia estaremos sentados a ouvir
os anjos a tirar das suas
harpas
os silêncios celestiais
Por agora, como Ulisses amarrados
ao
mastro do navio, deixamos que as ondas
nos falem ao ouvido.
24/6/2012
© J.T.Parreira
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