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domingo, 4 de junho de 2017

Fundação, um poema do amor


Fundação

Eu fugia, sátiro por corsários
Amotinados
                        Mutilado
A entrelaçadora, a Escuridão
Me cirandava esfaqueava e enfim deitava
Às paredes do labirinto
                               Que me nascia:

O frio me desnudava
Vazio após vazio e vazio
Eclipsava no infinito, falsa
Crisálida que leva de processo
A processo, sem final em seu cio

Esperei pelo levita,
O escriba e o sacerdote
(e Lutero não trans
tornou a Terra num orbe de sacerdotes?)

Por fim, o samaritano:
Passou ao largo, ocupado o mui coitado
Em fazer guerra ao judeu (e quem nunca?)
Que os tempos primam pelo mal

E ela apareceu, descendo com a noite
mínima ninfa solitária

Sobre cada uma
                   Minha
    Cicatriz
Ela deitou uma flor, freira das heras
Pródiga em unguentos e emplastros
Karma & cura
Para minha colectânea de feras
           
E unimunimo-nos de nós:
A flora e a fauna
                Dum planeta erradio,
Pais fundadores de nossa imprópria

Raça de seres milifelizes.

Sammis Reachers

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