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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

MAGNIFICAT


(Piéta de Florença, Miguel Angelo)



A minha alma é a alma de mãe aflita, Senhor
O meu espírito derrama-se nos meus olhos
Na minha humildade nada posso fazer
Senão contemplar um Filho morto, seus braços
Perderam a força, e ainda assim derrubará
Dos tronos os poderosos, suas mãos presas
Nos cravos, hão-de encher ainda de bens os famintos
Mas todo o meu útero órfão estremece sem Ele
Pudesse eu, sua serva e mãe, a minha vida
Estaria no seu lugar.


22-10-2015


© João Tomaz Parreira

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