Tecer ou não tecer, eis a questão
O que é mais nobre, esquecer Ulisses
Que os seus olhos despem Circe e as Sereias
Enquanto não regressa dos mistérios
Sofrer as provocações do ciúme e da saudade?
Morrer, dormir, não mais; ou antes com o coração
Nos dedos, nos dedos como armas fazer
E desfazer o fio da teia, dos vestidos
Que a nudez do amor percorre no tear?
Até mergulhar meus olhos nos olhos de Ulisses.
28-08-2015
© João Tomaz Parreira
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