O poeta encomendou o
silêncio
amadureceu as vestes
amadureceu as vestes
Se o poeta parar de
escrever
onde poderão os pássaros encher
as mãos dos homens
do mistério das asas
onde poderá crescer o grão
do trigo debicado pelo vento
que é a ondulação
do mar nas searas
onde poderão os pássaros encher
as mãos dos homens
do mistério das asas
onde poderá crescer o grão
do trigo debicado pelo vento
que é a ondulação
do mar nas searas
Se o poeta parar de
escrever
o rebanho dos homens
adormece e sonha paredes em branco
sem o lirismo de uma janela
o rebanho dos homens
adormece e sonha paredes em branco
sem o lirismo de uma janela
O poeta não depende
do sol
nem do atavismo de estrelas
no seu sangue, o poeta nasce
de si mesmo, se mesmo se exilar
continua a ter cânticos como lábios
nem do atavismo de estrelas
no seu sangue, o poeta nasce
de si mesmo, se mesmo se exilar
continua a ter cânticos como lábios
O poeta se parar,
escreve
nos seus olhos com as lágrimas.
nos seus olhos com as lágrimas.
10/12/2009
© J.T.Parreira
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