O DOMICÍLIO DO POETA O poeta não pára, está sempre viajando. Inquieto em si mesmo e sem rumo certo É fácil notá-lo sobre os mares velejando, Outras vezes, ele é visto nas areias do deserto. Muitas vezes, sai da terra, pra beijar as estrelas. Debruça-se sobre a lua e ousa abraçar o sol Desliza calmo e sereno sobre as nuvens ao vê-las Colorir o lindo céu que doura o formoso arrebol. Seu voo é ainda mais alto, ele busca a eternidade Encontra-se na vastidão do espaço imenso Flutuando em devaneios, mas quer realidade. E não encontra nos liames do cosmo extenso Descobre que tudo aqui é mera efemeridade E volta satisfeito pra compor no seu silêncio. Natanael Santos
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