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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Poema para os que andam de "Metrô"

Levantar-me, mergulhar no “metro”(...)
sair (…) para uma foz de estrelas”

Vicente Gaos



Ainda com sonhos pelo meio, as nuvens
que cada cabeça procura dissipar
homens e mulheres multiplicados
como nos espelhos em silêncio, esperam


a noite ainda nos olhos, no tunel
o tubo vem do fundo da luz
para comprimir os perfumes e os corpos
actores de todos os papéis, rostos
com todos os vícios


entram e sentam-se com a alma
ao colo, um jornal, um livro
ou a carteira
a insónia começa enfim a partir-se
como um vidro em todos os ruídos.


© J.T.Parreira

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