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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Silêncio, um poema de Billy Collins


Há o súbito silêncio da multidão
sobre o jogador imóvel no estádio,
e o silêncio da orquídea.

O silêncio do jarrão caindo
antes de se dividir no solo,
o silêncio do cinto enquanto não bate no menino.

O sossego do copo e da água dentro dele,
o silêncio da lua
e a quietude do dia longe do estrondo do sol.

O silêncio quando estou contigo no meu peito,
o silêncio da janela que pode espreitar-nos,
e o silêncio quando te levantas e te afastas.

E eis o silêncio desta manhã
que parti com a minha esferográfica,
um silêncio acumulado toda a noite

como a neve que cai na sombra da casa -
o silêncio antes de ter escrito uma palavra
e agora o mais pobre dos silêncios.

Tradução de J.T.Parreira

in http://poetasalutor.blogspot.com/

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