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terça-feira, 30 de junho de 2020
Quatro poemas de Eduardo Waack
Canção do Navegante
E além, onde estão
Estes pontos brilhantes, sob o céu,
Também devem existir navios,
Navegadores,
Que em noites escuras se afundam,
Deixando entrever a imperícia
De seus construtores.
3 Poemas Pernambucanos
Clamor de Pássaros
O Poema se faz.
Nuvem, que se desloca.
Folha, que cai não cai,
Carregada no vento.
A Natureza soa.
Clamor dos pássaros.
Linguagem
Essa língua não aprende mesmo
Um dia ela sai a voar, a voar, até
Que a cortem, incauta atrevida,
Até que a cortem, por não saber respeitar
O silêncio oportuno dos mentirosos
A ganância do criador de equívocos.
De Cisão
Não insista,
Não prejudique a aurora
Em seu passo vagaroso,
Em seu plácido
& carinhoso traço,
Não complique
Não pegue a manhã errada.
Eduardo edita, há anos, o Jornal O Boêmio
terça-feira, 23 de junho de 2020
TAREFA, poema de Geir Campos
TAREFA
Morder o fruto amargo e não
cuspir,
Mas avisar aos outros o quanto é
amargo.
Cumprir o trato injusto e não
falhar,
Mas avisar aos outros quanto é
injusto.
Sofrer o esquema falso e não
ceder,
Mas avisar aos outros o quanto é
falso.
Dizer também que são coisas
mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
-Do amargo e injusto e falso por
mudar-
Então confiar à gente exausta o
plano
De um mundo novo e muito mais
humano.
terça-feira, 16 de junho de 2020
Piadas e Anedotas Geográficas - Separatas a Esmo #2
A coleção Separatas a Esmo é um projeto editorial assim, desassociado de um eixo, inesperadamente indo parar em temas os mais improváveis... Mais que um projeto, é uma desculpa editorial para as libertinagens de seu editor.
Este folhetim reúne, despretensiosamente como é o
objetivo da coleção Separatas, algumas piadas e anedotas (sim, há
diferença) sobre o universo da Geografia, notadamente a escolar.
Noam Chomsky, um dos maiores e mais combatidos e
mais combativos intelectuais vivos (ufa!), costuma dizer que “indivíduos são
seres éticos; Estados não”. Parafraseando o velho anarco-sindicalista norte-americano,
eu diria que indivíduos são politicamente corretos; piadas não.
E elas aqui estão: Hilárias, infames, brilhantes,
ridículas: Sorria!
Para baixar o PDF pelo site Google Drive, CLIQUE AQUI.
terça-feira, 9 de junho de 2020
CARTA AO CAFÉ, um poema odoropulsante
Carta ao café
Café aroma de lar
Ritual, despedida de quem
vai,
Abraço a quem retorna
Coffea arábica, Coffea
canephora,
Coffea liberica, Coffea
dewevrei
E as raças secretas de
café
Cremes, bolos, infusões
Drinks, balas, canapés
Reversa marihuana
De santos, céticos e
sahibs
Aqueduto tônico
odoropulsante
Odoropulsar:
Café cuspidor de estrelas,
Regurgitador de luzes
Festim fenomenológico
Reserva moral da
literatura
Sol do leite, do creme, do
rum
Sol para tantas
pressurosas luas
Centro da galáxia
Inimigo do deus do sono
Oneiros,
Adversário do deus de gelo
Ymir
Multilíngue deus de ébano
& trópico
Licor laboral
Elixir de trevas luminosas
Rubro fruto de a noroeste
Do Eufrates e do Tigre
Último pomo a escapar do
Paraíso
Antes de seu traslado
De volta ao seio de Deus
Orfeu negro, liquefeita
Cítara
Poema em estado tênsil
Combustível dos Napoleões
Comburente dos Quixotes
Aumente a pressão
sanguínea
De nossas ideias,
Aqueça nossa tumultuosa
Solidão campestre ou
citadina
Sammis Reachers
Sammis Reachers
segunda-feira, 1 de junho de 2020
Para que serve a imprensa, afinal?
Tendenciosa, vendida, mentirosa, safada, perniciosa... Para alguns heroica, necessária, democrática: Para que serve a imprensa, afinal? Este é o tema inicial de nosso novo projeto editorial, a Coleção Separatas a Esmo: Volumes pequeníssimos, até simplórios em seu minimalismo, tratando com insuspeita profundidade de um tema específico a cada edição, e utilizando as vozes de celebrados ou anônimos interlocutores.
Um tema assim, escolhido meio que a esmo, ou conforme os ventos da necessidade...
Um tema assim, escolhido meio que a esmo, ou conforme os ventos da necessidade...
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