Porque tive fome, e deste-me pão negro com bolor
Tive sede, e conspurcaste a água
Sendo estrangeiro, deixaste-me sem cama
Estando nu, não me vestiste
Senão com roupa transparente na neve
E vi os companheiros
Irem nus para a morte, estive enfermo e
Procuraste no meu corpo a causa
Ancestral porque deveria morrer
Estive na prisão e o meu corpo recebeu o teu ódio
Com a regularidade do sol e da noite
Tudo o que me fizeste e a um destes pequeninos
Acuso-te, foi a um Deus que fizeste
E em verdade te digo que te conheço.
09/05/2018
© João Tomaz Parreira
(Foto da libertação de Buchenwald, 1945)
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